sábado, 13 de abril de 2013

Cleópatra

 
Cleópatra Thea Filopator (em grego:Κλεοπάτρα Φιλοπάτωρ,Cleopátra Philopátor),Filha de Ptolomeu XII com sua irmã,nasceu no ano de 69 a.C na cidade macedônica de Alexandria.O nome Cleópatra significa "glória do pai", Thea significa "deusa" e Filopator "amada por seu pai".Subiu ao trono egípcio aos 17 anos de idade,vindo a ser conhecida como uma das mais famosas e intrigantes rainhas do Egito,herdou as heranças gregas e persas que se instituíram na região nordeste da África pela ação do imperador macedônico Alexandre,o Grande.
Cleópatra foi a última Rainha da Dinastia ptolomaica que dominou o Egito após a Grécia ter invadido aquele país.
     Tinha uma grande preocupação com o luxo da corte e com a vaidade. Costumava enfeitar-se com jóias de ouro e pedras preciosas ( diamantes, esmeraldas, safiras e rubis ), que encomendava de artesãos ou ganhava de pessoas próximas e familiares.Mas longe de ser apenas uma mulher fútil, poderosa e entregue aos prazeres da vida, Cleópatra ansiava dar fim às dominações estrangeiras que tomavam seu reino. Além disso, era conhecida como hábil debatedora e dominava várias línguas como aramaico, persa, somali, etíope, egípcio e árabe. Segundo o historiador Plutarco, ela não detinha atributos físicos, mas se valia de outros artifícios para alcançar seus objetivos.
       Quando chegou ao poder, suas intenções de restabelecer a soberania parecia ser um plano difícil de ser concretizado. Após casar com seu irmão Ptolomeu XII para chegar ao trono, observou que as tropas do opulento e vitorioso exército romano estavam próximas demais da cidade de Alexandria. Ao mesmo tempo, sua posição real era decorativa em face dos poderes atribuídos aos burocratas que controlavam o Estado. Estes ministros percebiam as ambiciosas pretensões políticas de Cleópatra e, não por acaso, obrigaram-na a fugir de Alexandria e pedir auxílio militar das tribos do deserto. Nessa mesma época, o general romano Pompeu, ao qual Cleópatra já havia prestado apoio, pediu abrigo a suas tropas derrotadas na Farsália. O pedido gerou um grande dilema para os dirigentes do governo.
       Por um lado, entendiam que o apoio a Pompeu poderia significar a invasão das tropas de Júlio César,
Cleópatra e Júlio César. Pintura por
Jean-Léon Gérôme
outro general romano que ambicionava ser ditador. Em contrapartida, a recusa também poderia causar a fúria de Pompeu, que passaria a ver os egípcios como um bando de mancomunados com seu maior inimigo político. Por fim, tentando se safar desta situação ambígua, os egípcios decidiram tramar o assassinato de Pompeu.Após matarem o general romano, as tropas de César se dirigiram até Alexandria para tomar conhecimento do comportamento egípcio em frente a suas tropas. Ptolomeu, o rei, receava sob as pretensões dominadoras do general romano e decidiu não ir ao seu encontro. Em contrapartida, Cleópatra arquitetou um plano em que conseguiria encontrar Júlio César sozinho e vulnerável à sedução da rainha.
       Para conseguir tal feito, se sujeitou a ficar enrolada em um tapete que seria entregue como presente a Júlio César. A ousadia conquistou César, que, em resposta, lutou ao seu lado contra os revoltosos contrários ao governo da rainha no Egito. A empreitada quase fracassou, mas com o apoio de Mitríades de Pérgamo, conseguiram abater as ambiciosas tropas egípcias que, no fundo, também disputavam o poder entre si.A aliança entre César e Cleópatra a transformou em senhora do Egito. Contudo, não satisfeita com o objetivo alcançado, resolveu apoiar César em novas conquistas que pudessem transformá-lo em um conquistador de muitas fronteiras. Contudo, o general romano sabia que qualquer ambição de poder absoluto poderia acender a fúria do Senado Romano, que não permitiria a dissolução da República.
Cleópatra VII e de seu filho Cesário ,
no Templo de Dendera
      Por isso, ele teve de se contentar com uma breve temporada em que desfrutou da companhia de sua audaciosa amante. Depois disso, forçado a sinalizar sua devoção às instituições romanas, partiu com o seu exército para a região de Ponto, onde abafou a revolta de Farnaces. Nesse meio tempo, a rainha Cleópatra ficou grávida e deu à luz a Cesarião, nome que simplesmente atestava a paternidade de seu filho.Depois que retornou para Roma, César nunca mais colocou os seus pés no Egito. Contudo, em mais uma ação de extrema audácia, a rainha Cleópatra resolveu ir até Roma e visitar o seu amante e parceiro político. Para os romanos mais conservadores, a presença daquela estrangeira era uma ameaça às tradições.
      A rainha retornou à terra natal após o assassinato de César,em 44 a.C. e, após se livrar do irmão, colocou o seu filho no poder. Enquanto os romanos decidiam quem assumiria o poder, ela resolveu ficar afastada das questões políticas e militares.Ainda mais ambiciosa, ela tomou conhecimento da posição importante que Marco Antônio se encontrava na Anatólia, que ocupava o cargo de governador da porção oriental do Império Romano. Estimulada pela ambição que lhe era comum, a rainha seduziu este outro romano iniciando com ele um relacionamento amoroso em 37 A.C.Durante o período que estiveram em Alexandria, ela deu dois filhos a Marco Antonio que, em troca, devolveu-lhe os territórios de Cirene e outros, que até aquele momento, estavam sob o domínio do Império Romano.Em outras versões,ao contrário da primeira vez, Cleópatra esperou que o seu mais novo alvo político chamasse pela sua presença. Não demorou muito, Marco Antonio, que estava na Sicília, chamou a senhora do Egito pra discutir o poder na Ásia.
       Organizando uma comitiva suntuosa e adornada com vários elementos que faziam menção à mitologia grega, Cleópatra não teve grandes dificuldades para conquistar o general. Entre 41 e 31, Marco Antonio
A morte de Cleópatra, de Reginald Arthur
dizimou os inimigos políticos de Cleópatra, abandonou a esposa (que era irmã de Otávio) e passou boa parte desse tempo realizando conquistas militares que atendiam o interesse de sua amada egípcia.Tiveram três filhos,que foram transformados em reis da Armênia, da Síria e da Ásia Menor.
       A atitude de Marco Antônio, que se deixava dominar cada vez mais pelo poder de sedução da rainha, devolvendo-lhe as terras que haviam sido conquistadas pelo Império Romano, incomodou de tal forma o Senado romano, que, este, declarou guerra a ambos. Após serem derrotados por Otávio na batalha naval de Ácio, ambos cometeram suicídio, tendo Cleópatra se deixado picar por uma serpente da espécie Naja egípcia,em Alexandria, no ano 30 a.C. Após isto, o Egito voltou às mãos de Roma.
      Cleópatra recebeu também o título de Rainha dos Reis.
Dicas
Pintura:O cenário da morte de Cleópatra foi fonte de inspiração de numerosos artistas, entre os quais se encontram Reginald Arthur, Augustin Hirschvogel, Guido Cagnacci, Johann Liss, John William Waterhouse e Jean-André Rixens.

Literatura:Entre as principais obras literárias inspiradas na vida de Cleópatra encontram-se as peças de teatro Cléopâtre captive de Étienne Jodelle, Antônio e Cleópatra de William Shakespeare, Cleópatra de Sá de Miranda e Caesar and Cleopatra de George Bernard Shaw. Esta última obra, publicada em 1901, foi colocada em cena em 1946 em Londres, tendo sido protagonizada por Vivien Leigh.Na prosa saliente-se Une nuit de Cléopâtre do escritor francês Théophile Gautier e Cleopatra, de H. Rider Haggard.Também há uma série de livros intitulados As memórias de Cleópatra, composta por três volumes: A filha de Ísis, Sob o signo de Afrodite e O beijo da serpente, lançada em junho de 2000 pela escritora Margaret George. Esses livros narram a vida de Cleópatra baseando-se em fatos e momentos históricos de seu reinado.Um livro recente que narra a história da rainha é o Quando éramos Deuses (a vida de Cleópatra, a mais famosa rainha do Egito), de Colin Falconer.

Desenho:No desenho animado Asterix e Cleópatra, René Goscinny e Albert Uderzo retrataram a rainha como uma figura sedutora, mas caprichosa.

Cinema:Desde os primórdios do cinema que Cleópatra tem servido como tema de filmes. A primeira actriz a representar o papel de Cleópatra no cinema foi a francesa Jeanne d'Alcy num filme de dois minutos de Georges Méliès gravado em 1899. Este filme foi considerado como desaparecido durante muito tempo, mais foi redescoberto em 2005; nele é possível ver a profanação do túmulo da rainha, a sua múmia a ser queimada, surgindo do fumo produzido uma Cleópatra imortal.
Dois outros filmes da era do cinema mudo utilizam como tema Cleópatra e o seu encontro com Marco António: Marcantonio e Cleopatra (1913) do realizador italiano Enrico Guazzoni e Cleopatra (1917) do realizador americano J. Gordon Edwards. Este último filme foi protagonizado por Theda Bara, uma das primeiras vamps do cinema.
Um dos primeiros filmes do cinema falado a retratar a rainha foi Cleopatra (1934), realizado por Cecil B. DeMille e protagonizado por Claudette Colbert.
O filme mais conhecido sobre Cleópatra é sem duvida o de 1963 realizado por Joseph L. Mankiewicz, que foi protagonizado pela actriz Elizabeth Taylor, com Rex Harrison no papel de Júlio César e Richard Burton no de Marco António. A grandiosidade dos cenários e o carisma de Elizabeth Taylor (que recebeu 1 milhão de dólares para fazer o papel, algo inédito na época, tendo filme no total custado 44 milhões de dólares), bem como as vicissitudes da vida privada desta (apaixonada por Richard Burton na altura) muito fizeram para popularizar a rainha lágida junto do grande público.
Foi realizada em 1999 uma versão da história da rainha para a televisão americana, com a personagem título interpretada pela atriz chilena Leonor Varela.
O primeiro longa-metragem lusófono sobre Cleópatra é o filme Cleópatra Sétima (de Júlio Bressane), que, embora já apresentado no Festival de Cinema de Veneza de 2007, ainda não foi lançado comercialmente. Nesta versão, filmada no Brasil, a personagem-título é interpretada pela atriz Alessandra Negrini.


Fonte:pt.wikipedia.org/wiki/Cleópatra

                en.wikipedia.org/wiki/Cleopatra
                www.suapesquisa.com/biografias/cleopatra1

                www.brasilescola.com/historia/cleopatra
               
   

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