quarta-feira, 25 de abril de 2012

Hades e Plutão

     Hades, deus do mundo subterrâneo e dos mortos, sejam eles bem-aventurados (Campos Elísios) ou não (Inferno).,e filho mais velho de Cronos e Réia,portanto irmão de Zeus, Héstia, Deméter, Hera e Poseidon.Hades dominava o reino dos mortos, um lugar onde só imperava a tristeza. Conseguiu esse domínio através de uma luta contra os titãs, que Poseidon, Zeus e ele venceram. Assim Poseidon ficou com o domínio dos mares, Zeus ficou com o céu e a Terra e Hades com o domínio das profundezas.Era um deus quieto,sereno e frio,as pessoas tinham medo até mesmo de pronunciar seu nome.
      Porém, ao contrário do que muitas pessoas pensam, Hades não é o deus da morte e sim o da pós-morte, ele comanda as almas depois que as pessoas morrem.
        Hades tinha o poder de restituir a vida de um homem, mas fez isso poucas vezes e muitas delas a pedido de sua esposa. Também conhecido como o Invisível, pois com a ajuda do seu capacete que o protege de todos os olhares. Este capacete também foi usado por outros heróis como Atena e Perseu.
     Hades possuía um companheiro que era o seu cão Cérbero(cão de três cabeças e cauda de Dragão). De aspecto monstruoso, com várias cabeças, o cão era o responsável por guardar a entrada do reino dos mortos.
     O mito no qual Hades obteve sua consorte e rainha, Perséfone(deusa da terra e da agricultura ), filha de Zeus e Deméter(deusa da agricultura,era quem nutria a terra),havia uma batalha entre os deuses e os gigantes Tífon, Briareu, Encélado e outros: após terem sido aprisionados no Etna, os cataclismos provocados por suas lutas pela liberdade fizeram com que Hades temesse que seu mundo fosse exposto ao Sol.A fim de verificar o que estava se passando,Hades sair de seu reino, montado em seu carro de negros corcéis.Naquele momento,Afrodite(deusa do amor, da beleza e da sexualidade)e seu filho Eros(deus grego do amor,então personificado como Cupido)estavam sentados no monte Érix,quando Afrodite desafiou o filho a lançar suas flechas no deus solitário,justamente quando Perséfone passava por ali.
      Flechado pelo Amor, Hades rapta a bela sobrinha que, apavorada, clama por socorro à mãe e suas amigas mas, sem ter como reagir, acaba resignando-se. Hades excita os cavalos a fugirem o mais depressa possível até que chegaram ao rio Cíano, que se recusou a dar-lhe passagem. O deus então feriu-lhe a margem, abrindo a terra e criando uma entrada para o Tártaro.Outras variantes do mito colocam a sobrinha e amada de Hades às margens do rio Cefiso, em Elêusis, ou aos pés do Monte Cilene, na Arcádia, local em que uma caverna levava aos Infernos; noutras, próxima a Cnossos, em Creta. Também conta-se que Zeus, para ajudar o irmão na captura de Perséfone, enquanto ela colhia flores, postou um narciso (ou um lírio) na beira dum abismo e ela, ao colher a flor, caiu, pois a Terra se abriu, ao aparecer Hades para capturá-la.
     Deméter parte numa busca inútil à filha, indo de Eos (a Aurora) até as Hespérides (no poente). Em sua peregrinação salva um menino, a quem incumbe de ensinar a agricultura aos homens. Desesperançada, pára à margem do mesmo rio Cíano onde a filha fora levada. A ninfa que ali habitava fica oculta, temendo represálias do deus dos Infernos, mas deixa fluir sobre as águas a guirlanda que Perséfone derrubara ao ser levada. Ao vê-la a deusa se revolta, culpando a terra por seu sofrimento: a maldição que lança provoca a infertilidade do solo e a morte do gado.
    Vendo a desolação provocada pela vingança da deusa, a fonte Aretusa resolveu interceder. Procurando Deméter, conta sua história - de como fora perseguida por Alfeu, no curso do rio de mesmo nome e, ajudada por Artêmis, que lhe abrira um caminho subterrâneo para a fuga até a Sicília, viu então Perséfone sendo levada por Hades ainda triste, mas já ostentando o semblante de Rainha do Mundo Inferior.Uma variante narra a história da seguinte forma: após dez dias Deméter foi auxiliada por Hécate, deusa da lua nova, que a levou até Hélio, o Sol; este ter-lhe-ia contado o que ocorrera, acrescentando que o rapto fora consentido por Zeus. Dissera mais: que aceitasse o ocorrido, pois Hades "não era um genro sem valor". Mas a mãe, em seu desespero, recusa o conselho e, magoada com Zeus, abandona o Olimpo e passa então a vagar na terra como uma velha.
     A deusa de imediato vai ao Olimpo, onde pleiteia a Zeus fosse a filha restituída. O Senhor dos Deuses consente, impondo contudo a condição de que Perséfone não tivesse, no mundo inferior, ingerido alimento algum — uma condição que faria com que as Parcas vedassem-lhe a saída. Hermes, guia das almas, é enviado como mensageiro junto a Primavera. Hades concorda com o pedido mas, num ardil, oferece a Perséfone uma romã, da qual a jovem chupa alguns grãos, selando assim o seu destino, pois jamais poderia se libertar dos Infernos.Apesar de ter a esposa para sempre presa ao Submundo, o deus das sombras faz um acordo com a sogra, anuindo que Perséfone passasse uma parte do tempo ao seu lado e outra, com a mãe. Deméter concorda com o ajuste, e devolve à terra sua fertilidade.
     Os monarcas Hades e Perséfone não apenas governavam as almas dos mortos, mas tinham o papel de juízes da humanidade depois da vida. Nisto eram auxiliados por três herois que foram, em vida, reconhecidos por seu senso de justiça e sabedoria: Minos, seu irmão Radamanto e Éaco que, numa versão mais tardia, era o responsável pelas portas do mundo inferior.
     Hades permaneceu fiel à esposa Perséfone, salvo em duas ocasiões: a primeira quando teria se deixado enamorar pela ninfa do Cócito, Minta; perseguida pela rainha Perséfone, foi transformada pelo deus em menta ou a ninfa então, procurando recuperar o amante, passou a se vangloriar, dizendo ser mais bonita que sua rival, despertando a fúria em Deméter mãe de Perséfone fazendo em seu lugar surgir a menta.. A segunda teria sido o amor por uma oceânida.Noutra passagem, teria se apaixonado por Leuce, filha de Oceano, e que por isso foi transformada no álamo prateado.
    Embora a grande maioria dos relatos dêem Hades como infértil, algumas passagens aleatórias atribuem-lhe paternidades esporádicas, sem contudo saber-se pormenores. Assim, segundo o Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology, tiveram a paternidade atribuída a Hades: Zagreu (segundo Ésquilo, era o próprio Zeus do Submundo e assemelhado a Hades), Macária, as Erínias (eram originariamente em número indeterminado; posteriormente consolidaram-se em três: Alecto, Tisífone e Megera) e Melinoe (ou Melina).
 Hades era conhecido como:
*Aidoneus - Uma forma variante de Aïdês. (Hom. Il. v. 190, xx. 61.)
*Chthonius - Tem o mesmo significado que Chthonia, e por isso é aplicado para os deuses do mundo inferior, ou das sombras (Hom. II. ix. 457; Hesíod. Op. 435; Orph. Hymn. 17. 3, 69. 2, Argon. 973), e aos seres que são considerados como nascidos da terra. (Apolodoro iii. 4. § 1; Apolon. Rod. iv. 1398.) É também usado no sentido de "deuses do lugar", ou "divindades nativas". (Apolon. Rod. iv. 1322.)[20]
*Eubuleus - Eubuleus ocorre também como um sobrenome de várias divindades, e descreve-as como deuses do bom conselho, como Hades e Dioniso.(Schol. ad Nicand. Alex. 14; Hin. Órf. 71. 3; Macrob. Sat. i. 18; Plat. Simpós. vii. 9.)[20]
*Eubulus - Este nome ocorre como um sobrenome de várias divindades que eram consideradas autores de bons conselhos, ou como bem-dispostos embora, quando aplicado a Hades é, como Eubuleus, um mero eufemismo. (Hin. Órf. 17. 12, 29. 6, 55. 3.)[20]
*Isodetes - de deô, o deus que trata a todos igualmente, é usado como sobrenome de Hades para expressar sua imparcialidade. (Hesíq. s. v.), e e Apollo. (Bekker, Anecdot. p. 267.)[20]
*Pluton - foi inicialmente usado como epíteto de Hades, deus do mundo inferior e, posteriormente, usado como seu próprio nome. Neste último sentido ocorre a primeira vez em o doador da riqueza, em um primeiro apelido de Hades, o deus do mundo inferior e, posteriormente, também utilizada como o nome verdadeiro do deus. No último sentido que ocorre pela primeira vez em Eurípides.(Herc. Fur. 1104 ; comp. Lucian, Tim. 21.)[20]
*Polydegmon ou Polydectes - ou seja, "aquele que recebe muitos", ocorre como um sobrenome de Hades. (Hom. Hin. in Cer. 431; Ésq. Prom. 153.).


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